QUERER É PODER

A educação é um direito humano e um caminho para a justiça social e ambiental, e todos nós somos educadores.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

CADERNO 5 - Educacao_Sociedade_Trabalho


O propósito da presente disciplina é  fazer com que você compreenda como se formou a sociedade em que vive e instigá-lo a tomar partido, seja pela conservação dessa sociedade, seja pela sua transformação.


RESUMO
Unidade 1 - Construção da Lente Sociológica

As revoluções Industrial e Francesa provocaram profundas mudanças na sociedade europeia. O regime feudal foi superado pelo sistema capitalista. Os trabalhadores deixaram a condição de servos e passaram a homens livres e assalariados. Houve um enorme crescimento das cidades. As monarquias deram lugar a repúblicas ou foram subordinadas a parlamentos, dirigidos pela burguesia. Os valores liberais como a democracia, a liberdade, o direito à propriedade, o individualismo e a igualdade passaram a ser cultivados. Entretanto, a esperada melhoria das condições de vida e trabalho das classes populares não aconteceu. Pelo contrário, a expulsão do campo, os baixos salários, o desemprego, as longas jornadas de trabalho,
as péssimas condições de moradia pioraram a qualidade de vida dessa classe. É esse contexto de profundas mudanças trazidas pelas revoluções Industrial e Francesa que serviu de cenário para o surgimento da Sociologia.

Unidade 2 - Duas Tendências teóricas no estudo da sociedade: elementos e características do Funcionalismo e do Materialismo Dialético

A Sociologia surgiu tendo como objeto de análise a sociedade contemporânea marcada pelas profundas mudanças advindas das Revoluções Francesa e Industrial. Tais mudanças reforçaram as desigualdades sociais, concentrando as riquezas nas mãos da burguesia e empobrecendo os trabalhadores. Dessa forma, a burguesia e o proletariado, classes sociais com interesses diferentes, passam a disputar a hegemonia da sociedade por meio de ideias sistematizadas em teorias sociais.
O Funcionalismo, concebido por Émile Durkheim, pregava a estabilidade da realidade natural, usando como paradigma a solidariedade que os diversos órgãos de um ser vivo devem ter para que este funcione adequadamente. A disfunção de algum órgão comprometeria todo o organismo, provocando o seu adoecimento. Tal situação se aplicava também à sociedade. Se não houvesse uma cooperação entre as diversas classes, o organismo social adoeceria, levando-o a um estado que Durkheim denominava de anomia. Assim, diante dos conflitos sociais, eram necessárias reformas para que o funcionamento da sociedade fosse harmônico. Como tais reformas não mexeriam na estrutura da sociedade, marcada pela exploração das classes proprietárias sobre os trabalhadores, a teoria funcionalista defendia a estabilidade social que interessava à burguesia.
Já o Materialismo dialético, concebido por Marx e Engels, defendia que o mundo estava em constante mudança. Esses autores tinham uma visão crítica da sociedade contemporânea, marcada pela exploração do trabalho e a propriedade privada. Dessa forma pregavam a revolução socialista, condição indispensável para profundas transformações das relações sociais e a construção de um mundo livre da exploração do homem pelo homem. O Materialismo Dialético interessava à classe trabalhadora e constituía-se na esperança de construção de uma sociedade justa.

Unidade 3 - Educação na perspectiva conservadora: o registro conservador de Émile Durkheim e a influência do pensamento liberal de John Dewey e da teoria do Capital Humano.

Aqui se conclui o estudo das formas de enxergar a educação como um instrumento de conservação das relações sociais existentes. Essas visões conservadoras pregam algumas reformas para corrigir “falhas” da sociedade capitalista. A educação para Durkheim, por exemplo, tem a função de transmitir as tradições culturais e as regras sociais. Para assegurar a inculcação dos valores dominantes, é necessário que a geração adulta exerça a ação educativa sobre a geração mais jovem. Agindo assim, a educação contribui para o indivíduo se adaptar à vida social, para que as pessoas exerçam sua função social conforme, geralmente, sua origem de classe e para a conservação da sociedade. Já para Dewey, a educação deveria formar um novo homem, sintonizado com um mundo em constantes transformações. Somente uma nova escola, que valorizasse a experiência, criaria as condições para o desenvolvimento de um ser autônomo e seria em um ambiente de vivência democrática, educando indivíduos capazes de influir positivamente na sociedade, tornando-a mais cooperativa e participativa. Assim, a escola, vista como um laboratório, contribuiria para as reformas sociais e para a renovação dos costumes, dentro dos limites da sociedade capitalista.
Por fim, a Teoria do Capital Humano relaciona educação e desenvolvimento econômico. Para ela, os países que investiram na educação de seu povo conseguiram maior sucesso na economia. Um trabalhador qualificado consegue produzir mais e ser mais bem remunerado. Contribui, assim, para o crescimento do seu país. Se for verdade que as nações industrializadas conseguiram ofertar instrução para todos os seus cidadãos, é também verdade que os maiores beneficiados com o aumento da produtividade do trabalho com o incremento educacional foram os empresários capitalistas, que deles retiram o maior lucro.

Unidade 4 - Educação na perspectiva crítica: educação como reprodutora da estrutura de classes ou como espaço de transformação social
Nesta unidade se vê como a teoria crítica se manifesta na educação. A vertente reprodutora dessa teoria prega que a escola é um aparelho ideológico do Estado e cumpre a função de inculcar nos educandos o pensamento hegemônico, sem a possibilidade de construção de uma contra hegemonia por meio de intelectuais orgânicos da classe trabalhadora. Já os adeptos da visão transformadora admitem essa mesma função de transmissão de valores dominantes da escola capitalista. Entretanto, acreditam que a escola pode sim formar intelectuais orgânicos da classe trabalhadora que construam no interior da escola a contra hegemonia e contribuam para disputar a liderança da sociedade.

Unidade 5 - Reestruturação capitalista, reformas do Estado e o mundo do trabalho

Nesta última unidade apresenta as diversas formas de trabalho ao longo da História e como se dão as relações de trabalho atualmente. Estudamos também as modificações na sociedade e na educação ocasionadas pela reforma do Estado. E estimulamos você, funcionário de escola, a posicionar-se diante das possibilidades apresentadas para resolver os grandes problemas sociais em nosso país, ou seja, manter a sociedade como se apresenta hoje ou lutar para que aconteçam profundas transformações.










PRATIQUES
1.    Em sua escola, o professor de História trabalha com os alunos a Revolução Industrial e a Francesa? Entreviste-o e registre no memorial os principais conteúdos da aprendizagem dos alunos.
2.    Você estudou também na disciplina 2 que a escravidão foi extinta no Brasil em 1888. No entanto, a imprensa denuncia constantemente a existência de trabalho escravo em nosso país. Você tem notícia de trabalho escravo no Brasil nos dias de hoje? Se possível, recorte algum texto de jornal ou revista e cole em seu memorial.
3.    Faça uma pesquisa sobre Anísio Teixeira, suas principais ideias e sua contribuição para a educação brasileira.
4.    Levando-se em conta tudo que estudou, como enxerga seu papel como educador? Diante do desafio de construir um Brasil para todos, quais das alternativas apresentadas você pensa que deve trilhar: lutar para manter as relações sociais ou transformá-las?

MENSAGEM
O problema real da vida aparece onde as pessoas normalmente não o procuram. Ele aparece no instante em que você acorda cada manhã. Todos os desejos e esperanças para o dia correm para você como animais selvagens. E a primeira tarefa de cada manha consiste simplesmente em empurra-los todos para trás; em dar ouvidos a outra voz, tomando aquele outro ponto de vista, deixando aquela outra vida mais ampla, mais forte e mais calma entrar como uma brisa. E assim por diante, todos os dias. Mantendo distancia de todas as inquietações e de todos os aborrecimentos naturais, protegendo-se do vento.
No começo, nos somos capazes de fazê-lo somente por alguns momentos. Mas então o novo tipo de vida estará se propagando por todo o nosso ser, porque então estamos deixando Cristo trabalhar em nós no lugar certo. Trata-se da diferença entre a tinta, que esta simplesmente deitada sobre a superfície, e uma mancha que penetra na alma. Quando Cristo disse "sede perfeitos", quis dizer isso mesmo. Ele quis dizer que temos que entrar no tratamento completo. Pode ser duro para um ovo se transformar em um pássaro; seria uma visão deveras divertida, e muito mais difícil, tentar voar enquanto ainda se é um ovo. Hoje nós somos como ovos. Mas você não pode se contentar em ser um ovo comum, ainda que decente. Ou sua casca se rompe ou você apodrecerá." C.S Lewis - Cristianismo Puro e Simples
Muitas vezes não conseguimos entender e até julgamos o porquê temos que passar por certas situações em nossa vida.
No dia de hoje trago uma lição para entendermos o porquê dos obstáculos.
Reflitam!!

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco.

Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu. Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse viver nossa vida sem quaisquer obstáculos nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.

Eu pedi Força e Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi Sabedoria e Deus me deu Problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.
Eu pedi Coragem e Deus me deu Perigo para superar.
Eu pedi Amor e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar.
Eu pedi Favores e Deus me deu Oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi, mas recebi tudo de que precisava.

Queridos amigos!! Deus sabe exatamente o que precisamos. Ele nos deu a vida, porém cada um precisa realizar sua caminhada, aprender o que for necessário. Quando as coisas acontecerem não julgue e nem culpe Deus de ter lhe colocado tal obstáculo no caminho e sim agradeça e vença esse obstáculo, pois você precisava aprender com ele. Tudo o que passamos faz parte de nossa evolução, por mais difícil que seja é para servir de aprendizado.
Um forte abraço!!

Bom final de semana!!

Dinâmica: Minha obra de arte.       
Material: Papel e tesoura
Objetivo: Entender que para alcançar a condição de agente transformador, precisamos permitir que os conhecimentos adquiridos nos transformem. Como nós fizemos com a folha, podemos colaborar no nosso local de trabalho.  Precisamos agir!
O dirigente dá para cada pessoa do grupo um papel e uma tesoura, dizer que elas precisam transformar essa folha de papel em alguma forma utilizando a tesoura.                                 
 Quando todos terminarem pode mostrar sua figura.  
É simples né?
O que foi preciso para a transformação do papel?
Como se sentiu?
Se quisermos, podemos mudar, se tivermos disposição, podemos realizar transformações, só depende de cada um.
Podemos comparar a nossa vida a metamorfose que sofre a lagarta até atingir o estado de borboleta. A lagarta passa por uma etapa em que tudo nela se transforma, depois de algum tempo sai do casulo para viver uma nova vida.
Uma vez borboleta, seu ambiente é diferente, sua forma de se comportar muda, todo o ambiente está mudado e ela desfruta de uma nova vida que não tinha como lagarta.
Lagarta se transforma em borboleta, mas borboleta não se transforma em lagarta.
Lagarta morre borboleta, borboleta não morre lagarta.
Sendo assim precisamos a cada dia permitir que os conhecimentos adquiridos transforme nossa vida, e assim podemos também causar transformações, ao ponto de todos poderem dizer:  "quem te viu e quem te vê!".
Perguntas para o grupo:
1) Você nota que em sua vida já ocorreram transformações definitivas?
2) Você tem alguma atitude em sua vida que insiste em viver como lagarta? (atitudes do velho homem)
3) Sinceramente, você se vê hoje, mais lagarta, mais crisálida( no casulo se transformando ) ou  mais borboleta?
Conclusão: O que se espera com estes estudos é que possamos nos transformar a cada dia, que enriqueçamos nosso ambiente de trabalho!

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